Com apoio da Unifesspa, Rede de Bioeconomia do Pará avança em dados e metodologia
Mensurar a bioeconomia no Pará, seus impactos sociais e identificar parcelas ainda não visíveis dessa economia, ampliando a compreensão do setor e evidenciando sua complexidade e potencial. Essa foi a pauta da reunião realizada nesta segunda-feira (14), na Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa). O encontro reuniu representantes da própria Fapespa, da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).
A reunião representa mais um passo rumo à consolidação da Rede de Bioeconomia do Pará, um convênio firmado entre a Fapespa e as universidades federais, com o objetivo de dimensionar a bioeconomia no Estado, compreendendo seu funcionamento como produtora de bens e demandadora de insumos.
A atuação da Rede de Bioeconomia se baseia em metodologias já estabelecidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Organização das Nações Unidas (ONU), o que assegura a robustez das técnicas de estimativa e amplia a precisão dos resultados. Além da aplicação dessas metodologias consolidadas, o grupo de pesquisadores também se dedicará à proposição de abordagens inovadoras que promovam a integração entre os trabalhos de pesquisa conjunta.
“A bioeconomia é a grande perspectiva para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, e a Fapespa trará os números dessa economia para embasar as tomadas de decisão, a partir dessa união com as universidades paraenses, por meio da Rede de Bioeconomia”, avaliou o presidente da Fapespa, Marcel Botelho.
Pesquisas – Entre os temas discutidos esteve o alinhamento das diretrizes para a execução do plano de trabalho celebrado entre a Fapespa e a Unifesspa, cujo foco é a elaboração das Contas Econômicas Integradas (CEI) e da Tabela de Recursos e Usos (TRU) do Pará. Tais instrumentos são essenciais para o entendimento da estrutura produtiva e da dinâmica econômica do estado, pois mapeiam os setores econômicos e suas inter-relações, além de permitir análises sobre geração de renda, produção e consumo. Esses dados também subsidiam políticas públicas estratégicas.
“É motivo de gratidão ver a Fapespa embarcando em ações que fazem do Pará uma referência na construção de metodologias inovadoras. Essas iniciativas instrumentalizam o Estado na formulação de políticas públicas e na qualificação da mensuração econômica por meio de abordagens não convencionais, mas legitimadas pela Fapespa — e tudo isso em parceria com uma universidade do interior com apenas 12 anos de existência”, destacou Giliad de Souza, professor de Economia da Unifesspa e coordenador do Laboratório de Contas Regionais da Amazônia (Lacam).
“Estamos acompanhando de perto o plano de trabalho, e este é um momento importante para revisitar as metas do projeto e retomar os entregáveis pendentes. Obtivemos resultados bastante produtivos com o intercâmbio de informações e conhecimentos entre a equipe de bolsistas da Unifesspa e a da Fapespa. Além de gerar dados econômicos relevantes para compreendermos a dinâmica do Estado, o projeto também oferece oportunidades de qualificação técnica à equipe da Fapespa”, afirmou Renata Novaes, coordenadora de Estatística Econômica e de Contas Regionais (CEECR/DTGI).
Durante a reunião, também foram abordadas questões administrativas do convênio, com o objetivo de identificar entraves financeiros, promover aproximações necessárias e esclarecer dúvidas relativas à execução do projeto.
“O primeiro ponto discutido foi justamente a necessidade de promover essas aproximações, atualizar o estágio atual da execução do projeto — fruto de um convênio —, identificar os avanços já obtidos, localizar os principais desafios e, a partir disso, construir um calendário que vise tanto a resolução desses obstáculos quanto um maior alinhamento entre a equipe executora e a Fapespa, responsável pelo convênio”, explicou Lucas Rodrigues, professor de Ciências Econômicas da Unifesspa.
*Com informações da Fapespa
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