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Professor da Unifesspa coordena debate sobre economia política do turismo que será realizado em agosto

  • Publicado: Quarta, 26 de Março de 2025, 08h58
  • Última atualização em Quinta, 27 de Março de 2025, 16h27
  • Acessos: 313

ecopoltur 1024x580A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) marcará presença na 2ª edição do Seminário Internacional A Economia Política do Turismo (II Ecopoltur), que será realizado entre os dias 16 e 21 de agosto de 2025, na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém.

Com o tema Desafios e Compromissos do Turismo no Mundo Contemporâneo, o evento reunirá pesquisadores, estudantes e representantes da sociedade civil para discutir o papel da Amazônia na sustentabilidade global, especialmente no contexto da realização da COP 30.

A programação do seminário contará com sete sessões temáticas para apresentação de trabalhos, além de conferências, mesas-redondas e roteiros geoturísticos por pontos emblemáticos de Belém e arredores, como a Ilha do Combu, o Mercado Ver-o-Peso e a Rota dos Palacetes.

Representando a Unifesspa, o professor Hugo Serra, da Faculdade de Geografia, é um dos coordenadores do encontro e também vai liderar a sessão temática Turismo e Dinâmicas Socio-Territoriais na Pan-Amazônia. Ele destaca que a participação da universidade demonstra o avanço da instituição nas discussões sobre o turismo na Amazônia e sua inserção em redes nacionais e internacionais de pesquisa.

“Mesmo que as regiões Sul e Sudeste do Pará não tenham o mesmo fluxo turístico de cidades como Belém, Santarém ou Manaus, a Unifesspa tem se dedicado à pesquisa sobre turismo. Já tivemos bolsistas de iniciação científica publicando e participando de redes internacionais, o que reforça o papel da universidade nesses debates”, explica o professor.

COP 30 em foco - Além dos desafios socioambientais, o II Ecopoltur será uma oportunidade para refletir sobre os impactos da COP 30 e o legado que o evento pode deixar para a Amazônia e suas populações. Para Hugo Serra, o risco de a COP se tornar apenas uma grande vitrine internacional é real, caso as comunidades amazônicas não sejam protagonistas.

“Existe uma máxima que diz que o turismo só é bom para quem vem de fora quando, primeiro, ele for bom para quem é da região. O modelo a ser evitado é o do turismo de massa, que consome lugares, objetos e culturas sem gerar conexões verdadeiras. O legado só será positivo se houver um fortalecimento das comunidades como agentes do turismo sustentável”, defende o professor.

Ainda segundo Serra, o turismo é uma prática social com forte inclinação econômica para o consumo dos lugares. E a Amazônia, por sua exuberância da floresta (o intenso verde) e pelas singularidades sociais existentes em seu espaço, acabam se tornando mote necessário para o desenvolvimento do turismo. "No entanto, o debate sobre emergência climática, inserindo a Amazônia no centro das discussões, na minha opinião, não pode ser feito de forma que desassocie a participação ativa dos que aqui residem: povos da floresta, ribeirinhos, camponeses, citadinos, fazendeiros entre outros", pontua. 

Para a professora Maria Goretti, da Faculdade e do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPA e coordenadora do evento, o Ecopoltur acontece em um momento estratégico para Belém e para a Pan-Amazônia. “O II Ecopoltur também será um espaço para se discutir esses processos que estão acontecendo neste momento em Belém, na Pan-Amazônia e no mundo, em torno da movimentação da COP 30 e do turismo, em função desta, mas, principalmente, pra gente pensar que a COP vai passar, são só 10 dias. Assim, a gente tem que pensar em um planejamento de ações que perdure para além da COP 30”, afirma.

Como participar - As inscrições para o II Ecopoltur já estão abertas e podem ser feitas pelo site oficial do evento: https://ecopoltur.com.br/. Tanto ouvintes quanto autores de trabalhos devem realizar o pagamento da taxa de inscrição, com valores que variam de acordo com a data de pagamento e a modalidade de participação. Interessados em submeter resumos expandidos têm até o dia 30 de abril para enviar os trabalhos, com textos entre 6 mil e 10 mil caracteres. O evento é aberto à participação de pesquisadores, estudantes, profissionais do setor e demais interessados nos debates sobre turismo, desenvolvimento sustentável e os desafios da Pan-Amazônia frente às mudanças climáticas globais.

 

*Com informações de Vinicius Gonçalves, da Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA

Arte: Divulgação do evento.

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