Exposição "Braseiro Severo: Silêncio das Cinzas" destaca artistas da região e debate impacto das queimadas
Entre os dias 12 de março e 12 de abril, Marabá recebe a exposição "Braseiro Severo: Silêncio das Cinzas", um projeto idealizado e executado por alunos da Faculdade de Artes Visuais (FAV) da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). A exposição, realizada no Sesc, é o resultado das disciplinas Laboratório de Construção de Material Didático para o Ensino das Artes Visuais e Curadoria e Crítica de Arte, ministradas pelos professores Gil Vieira Costa e Armando Queiroz para as turmas de 2020 e 2021.
Com o apoio da Lei Paulo Gustavo, o projeto teve início em novembro do ano passado e durante 4 meses os alunos reuniram obras de 21 artistas convidados, oriundos de Marabá, Itupiranga, Canaã dos Carajás, Parauapebas, Santarém, Belém e do estado do Maranhão. Os discentes assumiram todas as etapas da exposição, desde a curadoria e seleção dos artistas até a criação da identidade visual, textos expositivos, expografia, fotografia, conservação e logística.
A cerimônia de abertura, realizada no dia 12 de março, foi marcada por uma roda de conversa que reuniu visitantes, professores, artistas e curadores. Durante o evento, foram apresentados os nomes dos artistas participantes e dos curadores, depoimentos dos convidados, incluindo ex-alunos da FAV. A exposição foi marcada pela doação de duas obras da artista Celeste, de Canaã dos Carajás: "Vidas em Chamas" e "O Último Suspiro", que agora integram o acervo do curso de Artes Visuais da Unifesspa.
Além da exposição, o evento promove uma série de atividades, incluindo rodas de conversa com artistas, aulas abertas e cinedebates, todos mediados pelos alunos. Essas atividades têm como objetivo ampliar as discussões sobre os temas abordados nas obras, como o impacto ambiental e social das queimadas, a relação entre arte e meio ambiente, e o papel da arte como ferramenta de conscientização e transformação.
A exposição "Braseiro Severo: Silêncio das Cinzas" oferece ao público uma oportunidade única de imersão na produção artística regional, ao mesmo tempo em que provoca reflexões urgentes sobre as consequências das queimadas na Amazônia.
A visitação é gratuita e está aberta até o dia 12 de abril, no Sesc Marabá.
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