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"Expedições científicas": Projeto da Unifesspa é selecionado para estudar saberes e língua de povos indígenas no Sudeste do Pará

  • Publicado: Quarta, 04 de Dezembro de 2024, 08h51
  • Última atualização em Sexta, 06 de Dezembro de 2024, 11h32
  • Acessos: 500

expedicoes cientificasA Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) celebra a aprovação de um projeto inovador no edital Expedições Científicas, promovido pela iniciativa Amazônia+10, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap). O projeto, intitulado “Uso, conservação e intercâmbio de plantas e saberes entre povos indígenas do Sudeste do Pará”, liderado pelo professor Bernardo Tomchinsky (IESB), reafirma o compromisso da universidade com a pesquisa interdisciplinar e a valorização dos saberes tradicionais.

Com duração prevista de três anos, o projeto tem como objetivo principal investigar as interações entre os saberes tradicionais, a sociobiodiversidade e a língua dos povos indígenas da região. Sua abordagem é inovadora ao integrar áreas como etnobotânica e etnolinguística, além de envolver diretamente pesquisadores indígenas como bolsistas, promovendo a troca de conhecimentos e fortalecendo as capacidades locais. “É um projeto ambicioso, mas viável, graças à colaboração entre diferentes instituições e à participação direta das comunidades indígenas”, destaca Tomchinsky.

A Unifesspa, em parceria com outras instituições do Pará (IFPA, ICMBio Carajás, Funai, AFP, FCCM e UFPA) e a Universidade de Brasília (UnB), realizará expedições em diversos territórios do Sudeste do Pará. As equipes interdisciplinares, já experientes na região, explorarão os territórios com foco em etnobotânica e etnolinguística. Estão previstas três expedições por território, condicionadas à obtenção das autorizações legais, com atividades que incluem a coleta de dados e a capacitação das comunidades envolvidas.

Além de reforçar as relações institucionais da Unifesspa com comunidades locais e parceiros, o projeto almeja resultados práticos, como a ampliação da coleção botânica do herbário da universidade, contribuindo para a conservação e o uso sustentável da sociobiodiversidade amazônica. “A aprovação foi um reconhecimento à competência técnica da equipe e à relevância da pesquisa, que reúne especialistas atuantes na região e foi bem avaliada diante de tantas propostas submetidas ao edital”, celebra Tomchinsky.

Este projeto está entre as 22 iniciativas aprovadas no edital, que mobilizarão mais de 85 grupos de pesquisadores e receberão investimentos superiores a R$ 76 milhões. Ele reflete o compromisso com uma ciência interdisciplinar voltada para a compreensão e preservação da Amazônia, contemplando tanto sua biodiversidade quanto a rica herança cultural dos povos tradicionais. “Esperamos que a pesquisa fortaleça nossa atuação na região e inspire novas iniciativas de preservação e valorização da riqueza cultural e biológica da Amazônia”, conclui o coordenador.

Informações técnicas

Nome do projeto: Uso, conservação e intercâmbio de plantas e saberes entre povos indígenas do Sudeste do Pará.

Coordenação: Bernardo Tomchinsky - FacBio, laboratório de Botânica e Ecologia (BotEco).

Instituições parceiras: UNB, ICMBio Carajás, IFPA, Funai, associação floresta protegida, setor de botânica da Casa da Cultura de Marabá, UFPA.

Povos envolvidos: Gavião (TI Mãe Maria), Xikrin (TI XIkrin do Catete e TI Trincheira Bacajá), Aikewara (TI Sororó), Assurini do Tocantins (TI Trocara), Parakanã (TI Parakanã), Kayapó (TI Kayapó).

Pesquisadores da Unifesspa envolvidos: Bernardo Tomchinsky, Maria Cristina Macedo Alencar, Ariel Pheula do Couto e Silva, Clarrissa Mendes Knoechelman, Claúdio Emídio Silva, Felipe Fernando da Silva Siqueira, Hiran de Moura Possas, Jeronimo Silva e Silva, Keid Nolan Silva SOuza, Lucivaldo Silva da Costa, Zanderluce Gomes Luis.

Sobre o edital - A chamada apoiará expedições científicas voltadas à ampliação do conhecimento sobre a sociobiodiversidade e a biodiversidade amazônica. As propostas selecionadas estão alinhadas ao objetivo do edital de preencher duas lacunas importantes do conhecimento científico sobre a região, uma geográfica e outra taxonômica, além de expandir as pesquisas sobre a diversidade sociocultural dos povos e comunidades tradicionais da Amazônia. Considerando os 22 projetos, mais de 60 localidades pouco abordadas pela comunidade científica serão estudadas, entre elas terras indígenas, reservas de desenvolvimento sustentável e extrativistas e outras regiões de difícil acesso.

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