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Seminário de direitos humanos relembra o “Massacre da Ponte”, ocorrido em 1987

  • Publicado: Sexta, 10 de Dezembro de 2021, 18h36
  • Última atualização em Segunda, 13 de Dezembro de 2021, 14h08
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Nessa quinta-feira, 09, foi realizado o seminário “Violações de Direitos Humanos na Amazônia Paraense: homenagem aos garimpeiros mortos no dia 29 de dezembro de 1987, na ponte do Rio Tocantins”. O evento foi realizado no auditório da Unidade III da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), em Marabá, e contou com uma extensa programação que começou às 09h e finalizou às 19h. Pesquisadores, servidores do ministério público, movimentos sociais e cidadãos em geral participaram por meio de live. O auditório contou com a presença restrita de pessoas buscando respeitar as medida sanitárias que ainda são exigidas em eventos realizados na universidade, porém outras pessoas puderam prestigiar o evento de forma remota pela transmissão feita no canal do Youtube do Ministério Público do Pará.

O jornalista e escritor Paulo Roberto Ferreira, autor do livro “Encurralados na ponte: o massacre dos garimpeiros de serra pelada” foi o responsável pela palestra de abertura que levou o mesmo nome. Além dele, participaram: Charles Trocatti, do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), representando os movimentos sociais, e o promotor de justiça, Dr. José Edvaldo Pereira Sales, que representou o MPPA no evento.

Dentre os assuntos, o caso do Massacre da Ponte, foi recordado. Ocorrido em 29 de dezembro de 1987, o massacre aconteceu no momento em que 300 pessoas protestavam por melhores condições de trabalho e pela manutenção da extração de ouro no garimpo de Serra Pelada, localizada no distrito de Curionópolis, sudeste do Pará. Os protestantes foram encurralados por polícias militares na ponte que passa sobre o Rio Tocantins, em Marabá. Destaca-se que até hoje o número de mortos é incerto, na época do caso, o governo disse que foram apenas 02 óbitos, o que mais tarde subiu para 09. Depois de quase 34 anos de ocorrido o número de mortos ainda é uma incógnita, os trabalhadores apontam que houveram mais de 90 desaparecidos. De acordo com Paulo Roberto Ferreira, existem denúncias de que os corpos de muitos desses trabalhadores que desapareceram teriam sido retirados do local que ocorreu o massacre.

O evento, promovido pelo MPPA, também debateu ações de fortalecimento dos direitos humanos realizadas pela instituição. Destacou-se a criação do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos, encarregado de conduzir a política institucional, sobretudo nas relações externas com a comunidade, sob a pauta dos direitos humanos.

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