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Unifesspa recebeu 79° Sarau da Lua Cheia

  • Publicado: Segunda, 26 de Agosto de 2019, 09h15
  • Última atualização em Segunda, 26 de Agosto de 2019, 09h16
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Sarau Encontro 1O Sarau da Lua Cheia, organizado pela Associação dos Escritores do Sul e Sudeste do Pará (AESSP), realizou sua 79ª edição na noite do dia 15 de agosto, como atividade cultural do XI Encontro Regional Norte de História Oral, na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).

O evento que acontece sempre uma vez por mês, em dia de lua cheia, trouxe para música, contação de história e literatura para a Unifesspa. As apresentações no Sarau foram feitas por escritores da região, como Bertim de Carmelita, mas também por amantes da poesia, como Carlos Eduardo Alves, estudante do curso de Letras – Português na Unifesspa.

“Eu fiz agora um rascunho no caderninho da minha amiga. Nessa poesia coloquei pessoas que passaram na minha vida e experiências de outras pessoas. Escrevo desde os 13 anos misturando criatividade, amor, minha vida na poesia, por isso escolhi Letras”, disse o estudante.

“É justamente esse o objetivo da AESSP: provocar nas pessoas o gosto pela leitura, pelas artes em geral. E o Sarau tem a honra de poder estimular poetas como o Carlos Eduardo que escreve ou desengaveta escritos, e vem aqui sentir a poesia, música boa e amizades que se formam daqui”, falou o presidente da Associação, Bertim Di Carmelita.Sarau Encontro 2

Quem também aproveitou o evento para apresentar seu trabalho foi André Vianello. Depois de diversos trabalhos acadêmicos, o escritor inicia seu caminho na literatura, com a apresentação de “O Mistério da Arte”, um livro nascido em meio ao Sarau da Lua Cheia, que conta histórias sobre Marabá. “Essa história já estava na minha cabeça há uns 4 anos, mas precisava de um mote. Despretensiosamente, ele veio durante um sarau como esse. Cheguei cedo e lá encontrei uma pessoa que me contou o ‘causo’ que faltava para contar essa história”, disse o autor que é mestre em Letras pela Unifesspa e já anunciou um segundo livro dedicado ao mesmo assunto.

Mas, não é só incentivo à escrita que se vê nesse espaço. Gabriela Pereira da Silva, a Gabi, é conhecida por ser contadora de histórias em Marabá e tem seu início no Sarau da Lua Cheia. “Todo meu percurso na contação de histórias acompanha o Sarau. Contar histórias é compartilhar nossa essência e pertencimento cultural à essa Amazônia tão vasta, tão rica e diversa. E temos uma peculiaridade: as matas e águas ditam o ritmo da nossa vida. Esse traço está presente na vida do ribeirinho, do pescador, da lavadeira, e mesmo do homem urbano”, disse a contadora de história que tem um canal no You Tube, o “Conta, Gabi”, em que também apresenta histórias da região e é diretora da Escola do Legislativo de Marabá.

A contação de Gabi Silva sobre a Matinta Pereira mexeu com a estudante do mestrado em História da Unifesspa, Cláudia Vanessa Brioso, que usou o microfone para falar de suas lembranças sobre as lendas escutadas em sua infância. “A narrativa da Gabi me trouxe minha mãe e minha avó falando: tu tens que dormir logo porque às dez horas a Matinta começa a andar pelos telhados para pedir tabaco”, contou a estudante.

Sarau Encontro 3“A ideia do sarau casou, literalmente, com o Encontro. Veio somar com as propostas acadêmicas, fechando essa noite com representações sonoras, imagéticas, visuais, auditivas e afetivas sobre a Amazônia”, destacou o coordenador do evento e professor da Unifesspa, Erinaldo Cavalcanti, que organizou as atrações culturais do encontro em parceria com Claudiana Guido, da Coordenadoria de Cultura da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis (Proex) da Unifesspa.

A música ficou por conta de Javier di Mayrabá que contou aos presentes um pouco da história do evento. Para o artista, esta 79ª edição é o retrato da cultura local e da região, já que o evento também acontece em cidades como Araguatins, Imperatriz e Bela Vista. “Airton Souza e Eliane Pereira iniciaram esse sarau e, sem medo de errar, digo que ele se tornou uma das atividades culturais mais fortes a região. Pode parecer engraçado dizer isso, mas a ideia é despertar o exercício de ouvir. Atualmente, as pessoas estão tão preocupadas com outras manifestações que parece que ouvir ficou meio de lado. Ouvir, independente de errar a música, a poesia. Muito dos nossos desmandos, perpassa por não saber ouvir. Quando tu te colocas na postura de ouvir, exercita a empatia”, concluiu o cantor.

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