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Darwin Day: Palestra sobre evolução marca data de nascimento de naturalista britânico

  • Publicado: Terça, 14 de Fevereiro de 2017, 16h59
  • Última atualização em Terça, 14 de Fevereiro de 2017, 17h23
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darwingdayO professor doutor Caio Maximino de Oliveira, lotado no Instituto de Estudos de Saúde e Biologia (IESB) palestrou, ontem (13), sobre “Cérebro, comportamento e evolução: uma introdução à neurociência evolutiva”, em registro ao  “International Darwin Day”, que marca o nascimento do naturalista britânico Charles Robert Darwin, ocorrido em 12 de fevereiro de 1809. Darwin alcançou fama internacional ao convencer a comunidade científica sobre ocorrência da evolução das espécies e propor uma teoria para explicar como ela se dá por meio da seleção natural e sexual.

A palestra de Caio Oliveira, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento, da International Brain Research Organization, e da Zebrafish Neuroscience Research Consortium, ocorrida no auditório da Unidade I do Campus de Marabá, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), por iniciativa dos alunos do curso de Ciências Biológicas e da Liga Acadêmica de Neurociências reuniu alunos de ensino superior e professores das redes públicas e privadas, de cursos relacionados a área de ciências – Educação Física, Psicologia, Biologia, Química, entre outros.

Por quase uma hora, Caio Oliveira apontou resultados de pesquisas na área de biologia evolutiva “como campo específico da Biologia, que une tudo”, explicou o pesquisador. Partindo dessa premissa, ele defendeu que a evolução das espécies não é linear e que elas evoluem de maneiras diferentes. Citando o cérebro humano, o pesquisador informou que este evoluiu, “dentro de um processo específico” e que é possível saber, por pesquisas comprovadas, por exemplo, que o cérebro da baleia, outro mamífero, evoluiu em tamanho mais do que o cérebro humano, ao longo dos anos. Essa comprovação se deu através de estudos dos fósseis, datados por métodos científicos.

As baleias têm culturas que são outra caraterística que aponta para a necessidade de se ter o cérebro maior, segundo o pesquisador. "O cérebro humano é evoluído dentro de um processo específico”, acrescentou. Outras espécies, como peixes, em outro exemplo, já teve o cérebro que aumentou e diminuiu de tamanho várias vezes, em decorrência do processo de adaptação ao meio ambiente.

“O peixe dourado tem um cérebro maior do que o corpo, proporcionalmente, em relação ao humano. O nosso cérebro não é tão grande em relação ao corpo – cérebro modulado”, classifica Caio. A ciência que estuda esse processo é chamada de “neurociência evolutiva” - o estudo de como o cérebro (em todos os seus níveis de organização, incluindo o desenvolvimento) evoluiu até seu estado atual.

As mudanças no tamanho do cérebro decorrem de consequências adaptativas que geram o aumento/diminuição no número de neurônios; maior modularização. O cérebro é um sistema que tem um certo grau de independência sobre os outros subsistemas; e quando se aumenta o cérebro, o custo metabólico e velocidade de condução, se alteram.

Características

Segundo Caio Oliveira, o cérebro humano tem características que o diferem de outros animais, e que é preciso se entender essa dinâmica. Entre as características “é difícil comparar cérebros humanos com o de outros animais, até por premissas éticas; é preciso, também entender a evolução do cérebro e do comportamento de outros primatas; e que muitas das mudanças evolutivas estão ligadas às leis que se aplicam a outros vertebrados”. O pesquisador chamou a atenção para os custos da evolução humana pelo aumento do tamanho do cérebro. “Quando há aumento do tamanho do cérebro tem custos metabólicos, de desenvolvimento e de vulnerabilidades”.

Do ponto de vista técnico “é muito difícil estudar se o cérebro parou de evoluir ou não. É preciso novas ferramentas para isso”, afirmou o pesquisador.

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